FREHU-N-FLIF Nº 5: A principal causa de instabilidade política da Guiné-Bissau e conclusões

As Crianças são as flores da nossa luta

 A MÁ GOVERNAÇÃO 

E A ACÇÃO MILITAR DE 12 DE ABRIL

Pela análise feita no FREHU-N-FLIF Nº 1,2,3,4, e por todos os factos referenciados, podemos concluir que foi a má governação do Governo deposto que está na origem da Acção Militar de 12 de Abril de 2012, a qual teve como objectivo devolver a Paz e Estabilidade ao Povo Guineense, afastando do País a Força Estrangeira, ilegalmente introduzida pelo então Primeiro-Ministro Carlos Gomes Júnior.

A Acção Militar permitiu ainda alcançar outros objectivos mais importantes: 

 

Recuperou a Soberania Nacional sobre todo o Território da Guiné-Bissau;

Reconstituiu a credibilidade internacional do Pais e das suas Forças Armadas, manifesta no apoio expresso da CEDEAO (Comunidade Económica de Estados da África Ocidental), que tem por trás a bênção das maiores Potências Internacionais da América, Europa, Ásia e África, conhecedoras da realidade Guineense, pelo facto de ter conseguido realizar, com coragem e determinação, em circunstâncias extremamente desfavoráveis (no plano interno e externo), profundas alterações no quadro político, militar e de segurança da Guiné-Bissau, evitando um conflito armado, de consequências imprevisíveis, a instabilidade económica e social, que poderia ter emergido do conflito; 

Tudo isso sem derramamento do sangue Guineense ou de qualquer Cidadão Estrangeiro, sem hostilização de pessoa alguma ou grupo organizado, mas com elevação de princípios e bom senso na gestão da Coisa Pública;

Reconquistou o clima de Confiança social e política, que o País tinha perdido, há muitos anos, em consequência da guerrilha institucional, sustentada, de forma doentia, pelo Governo deposto, correndo seca-e-meca (Lisboa-Luanda-Praia-Paris-Maputo-São Tomé-Timor-Leste e Brasil), em busca de apoios, de ajuda estrangeira para os seus desígnios inconfessáveis;

Ao mesmo tempo que ia conspirando, internamente, contra as Forças Armadas Nacionais (sob o pretexto da falsa Reforma dos Quadros Militares, que toda a gente sabia que era meio-caminho para a morte clandestina das suas principais figuras ou sob a insinuação maldosa de ligação ao narcotráfico, cujo efeito-ricochete acabaria, na verdade, por atingir directamente as figuras gradas do Governo deposto),

Contra os Partidos da Oposição, contra o Pais real (o Povo Guineense, que só deseja Paz e Desenvolvimento) e contra adversários internos, no próprio Partido do Governo (PAIGC), cansados da corrupção e da ausência de Valores, cansados de violência e de mortes clandestinas, que permanecem sem explicação.

Tudo isso em busca do Poder Total, absoluto e sem controle de espécie alguma (nem do Parlamento, onde tem a maioria absoluta e deputados economicamente dependentes e venais, nem da Rua, onde tem uma Polícia de Segurança e de Estado, totalmente dependente e servil.

Porque será que ninguém mais pensa no regresso do Governo deposto, de má memória? 

Porque será que muita gente, dentro e fora do País, até acha que o melhor mesmo é buscar-se um consenso nacional, entre os Partidos da Coligação (que compõem o Governo de Transição) e o Comando Militar, para a prorrogação do seu mandato, com aprovação da CEDEAO, por mais dois ou três anos, para aprofundamento das transformações, que o País precisa, para a erradicação definitiva das teias da corrupção e do servilismo, em que se enredou o PAIGC, durante anos e anos de má governação?

                                                      (até próxima edição)

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