FREHU-N-FLIF Nº 11: RADIOGRAFIA DA CRISE POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU

As Crianças são as flores da nossa luta

O problema da crise Guineense reside nos alguns veteranos do PAIGC, que nos escusamos de mencionar.

Eles estão aí, bem vivos, e outros, que já se encontram, no Mundo da Verdade, cuja conspiração do silêncio deixou um País pejado de problemas e uma herança difícil para a nossa geração e para as gerações futuras.

São pessoas com meia formação (?) ou sem nenhuma formação, que se tornaram motivo de vergonha para os seus próprios filhos e para um País que, por egoísmo insensato,  levaram à falência e ao descrédito total perante as Nações do Mundo.

Desde o Golpe de Estado, que depôs Luís Cabral, esse grupo minoritário começou e sem critério de atribuição da bolsa a mandar os seus filhos para o Estrangeiro, com o objectivo de irem estudar, mas poucos conseguiram terminar os respectivos Cursos.

Ainda assim, foi o suficiente para reforçarem o seu poder, para manter, durante quase 40 anos, todo um País e o seu Povo refém dos seus desmandos e da sua desmesurada incompetência.

A falência política e económica da Guiné-Bissau é o reflexo da sua própria incapacidade e falhanço geracional, tornando-se causa de desprestígio para o País e a sua gente, sem culpa no cartório.

Visto tratar-se de gente com baixo nível de preparação intelectual, moral e cívica, o reflexo das suas acções não só conduziram o Estado da Guiné-Bissau, em que sempre tiveram uma posição dominante (não apenas, na Administração Central, mas também, nas Regiões e Sectores, nas grandes Empresas, nas Instituições Internacionais, assim como nas Embaixadas e Consulados, em Países Estrangeiros), à situação de instabilidade persistente, em que sempre viveu, até à data, conspirando incessantemente para manter o seu poder tentacular, monopolista e exclusivista. 

Isso vê-se reflectido na posição que o País ocupa no Índice do desenvolvimento humano da Nações Unidas, que nos coloca sistematicamente na causa desse Relatório Internacional.

Como é que essa gente, que nos des(governado) pode dizer que tem experiência de alguma coisa? O nosso Povo sabe a que experiência eles se referem!

Mas não precisa desse género de Aves de Rapina que foram causa do seu empobrecimento colectivo e conduziram o País ao isolamento do resto do Mundo.

E, quando um Cidadão honesto da Guiné-Bissau consegue emigrar, fugindo às suas armadilhas e da dependência, vai deparar-se com eles, também, no Estrangeiro, no comando do bando de “Sub-Empreiteiros” Guineenses, que poluem o Mundo do Trabalho, em Portugal, França e Espanha, dedicando-se à exploração impiedosa dos seus próprios concidadãos (compatriotas), em busca da riqueza fácil, sem responsabilidade cívica, nem moral, tornando-se causa de desgraças para centenas, senão milhares, de famílias carenciadas e desalentadas com a vida.

Deus nos livre e guarde para que não tornemos a ver, em nossas vidas, como Governo do País, as mesmas caras que levaram o nosso querido País à ruína e a um desprestígio humilhante, no contexto internacional.

A sua política recorrente conduziu, inexoravelmente, ao retrocesso e à uma abominável subserviência, em face do apelo sistemático que vêm fazendo, a vários níveis, no sentido da reocupação do nosso País por uma Força Militar Estrangeira, que, como se sabe, foi a causa determinante do Golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, numa ânsia frustrante do regresso a um passado de má memória.

E quem é o seu aliado? Alguém cujo Poder só foi possível, na sua própria terra, porque foi sustentado pela Força Militar das Nações Unidas contra a vontade do seu próprio Povo, que, na primeira oportunidade, lhe negou a oportunidade de um segundo mandato presidencial no seu próprio País.

Essa maquinação está em curso, actualmente, na Guiné-Bissau, onde já se encestou a primeira fase do seu plano, através da inclusão do PAIGC, no Governo de Transição, no qual passa a contar com a maioria dos seus membros, logo, com ampla capacidade para determinar e manipular os próximos passos conducentes à organização e ao controle do processo eleitoral a realizar-se, ainda este ano, na esperança de reconstituir o Governo País, a 12 de Abril de 2012.

Coisa inaudita, absolutamente impensável, porque se trata de reconstituição do mesmo processo de estratégia política, que vem mantendo o PAIGC, no Poder há longos e insuportáveis 40 anos de má governação.

Semelhante resultado só foi possível devido à forte coacção psicológica exercida sobre toda a sociedade guineense, pela forma como foi raptado o Almirante Bubu Na Tchuto, começando pelo próprio Governo de Transição, pelo Presidente de Transição, e, sobretudo, através da ostensiva manobra de intimidação sobre as Forças Armadas Nacionais, para as quais a única política do Representante das Nações Unidas (Dr. Ramos Horta) é “mandá-las construir estradas para ocuparem o corpo e a mente” (como dizia Dr. Ramos Horta, numa entrevista, em 19.01.2013, à uma Revista Portuguesa). Que desplante! Que despudor!

Nunca é demais lembrar que, por se terem oposto à política de incompetência antipatriótica, ilustres Filhos do Povo Braza (figuras exemplares de Cidadania e Civismo irrepreensíveis) foram vítimas de uma cilada ignominiosa e barbaramente assassinados, única e exclusivamente, com o intuito egoísta de consolidação do Poder político e económico em benefício exclusivo de uma minoria incompetente e sem escrúpulos, que ainda mantém, como refém, todo o Povo trabalhador da Guiné-Bissau, apropriando-se dos bens do Estado, promovendo, no aparelho do Estado, pessoas incompetentes, afectas ao PAIGC (agindo, na prática, como Partido único, sem qualquer tipo de controle, nomeadamente, parlamentar)!

A prioridade da política nacional deveria ser a reforma de toda essa gente inútil, de modo a podermos ver surgir, no aparelho do Estado, uma nova geração de líderes competentes. Só, dessa forma, a Guiné-Bissau logrará sair da situação em que se encontra, atualmente.

As instituições do Estado ainda não adquiriram a sua dignidade, no nosso País, dada a sua permeabilidade atual à manipulação por gente incompetente e incapaz de formular uma política credível, para um País como a Guiné-Bissau, já que, ao longo de quase 40 anos, as sucessivas lideranças políticas do País apenas tiveram o condão de se desviarem da linha orientadora do líder fundador da nacionalidade guineense e cabo-verdiana: Amílcar Lopes Cabral.

O poder digno, atualmente, das ideias do líder fundador é o Poder Militar.

Por isso, ganhou a eleição o outro incompetente, de então, tendo visto a sua capacidade de destruição no que diz respeito a separação dos guineenses, dentro e fora dos Partidos, bonificando alguns elementos para melhor executar o seu plano.

Tendo desunido aquilo que Amílcar Cabral tinha conseguido unido, lanchou, a partir desse facto, uma grande campanha contra as gloriosas Forças Armadas Nacionais (as FARP”), seja a esse nível, seja ao nível da chamada, seja força de segurança e de defesa.

Mas como sabia o pretendido, com isso, decidiu, de uma forma gratuita, implantar no País uma força de ocupação vinda de Angola, sob a designação MISSANG, para executar o plano governamental, de então, que consistia em desmembrar a unidade nacional, promovendo o poder pessoal e premiando a ignorância e a incompetência.

Mesmo, depois de realizado e consolidado o Golpe de Estado, que pôs fim à política do Governo, baseada na alienação cultural e de bens que pertencem a todo o Povo Guineense, o responsável do Governo deposto continua, no exílio, com certas bolsas de resistência, na linha da politica anterior.

É chegado o momento dos próprios militantes do PAIGC, fazerem reforma interna, promovendo a formação, a competência e, por fim, levar à prática a realização de eleições e fazer a eleição para a Direcção do Partido pessoas com reconhecida competência técnica.

Assim, estaremos a falar de mudanças, rumo ao Desenvolvimento. Porque os veteranos do Partido em causa (PAIGC) só nos trouxe vergonha, subdesenvolvimento, mesmo para os seus próprios Filhos, tal como os Guineenses em geral....

 (até próxima edição)

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