FREHU-N-FLIF Nº 18: EXCESSOS DE PUBLICIDADE NEGATIVA SOBRE A GUINÉ-BISSAU

Pelas Futuras Gerações e pela nossa! Da profundeza dos Tempos, aportamos à nossa Época! Trazemos a Sabedoria dos Antigos e do nosso Tempo! Não renegamos a nossa Cultura nem rejeitamos o contributo válido de qualquer outra! Compreendemos melhor o Passado e perspectivamos na medida justa o nosso Futuro Colectivo! Com o presente Blogue, queremos dar o nosso contributo para uma reflexão isenta sobre o nosso País e a Sociedade que temos ou queremos ter. Não pretendemos ter o exclusivo da Verdade! Reflectimos sobre o que achamos de interesse comum, como contributo para o nosso processo de Desenvolvimento Colectivo, para o qual você está convidado a ter Opinião! Essa reflexão é necessária para a afirmação e definição de uma Cidadania responsável e para a melhoria da qualidade da nossa Sociedade, determinante para o sucesso ou insucesso de qualquer processo de Desenvolvimento Humano. Um Povo sem Regra de Vida (em Família, na Escola, na Economia, na Política, etc) torna-se um estropício para o resto da Humanidade, a começar por si próprio. A Vida dos Povos é comparável à uma Corrida de Estafeta em que cada Nova Geração deve fazer a Melhor Corrida possível de modo a Transmitir à Geração Seguinte o Testemunho da sua Competência Global em condições de alcançar a Vitória Final. Venha connosco! Para o Futuro! Pelas Futuras Gerações que, sem culpa, irão sofrer pelos Erros que a nossa Geração está cometendo contra si própria, tornando-se causa remota do seu possível fracasso ou desconforto, quando já cá não estivermos! Nós estamos a bordo, buscando o rumo certo! Aceite o nosso convite! O caminho é longo e movediço! Mas é o caminho! Somos os INTELECTUAIS BALANTAS NA DIÁSPORA!

PENSAMENTO DO DIA

EXCESSOS DE PUBLICIDADE

NEGATIVA SOBRE A GUINÉ-BISSAU

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As Crianças são as flores da nossa luta

I

Publicidade Negativa

em Cabo-Verde

No dia 10.04.2013, na Cidade da Praia, em Cabo-Verde, proferiu, através do Jornal Expresso das Ilhas, reportado pela Agência Lusa, a seguinte proclamação, em tom de ameaça geral, dirigida, indistintamente, contra anónimos da Guiné-Bissau, quer dizer, contra toda e qualquer pessoa residente no País.

Assim, noticia aquela Agência de Informação Portuguesa:

Instado a comentar a detenção do ex-Chefe da Marinha Guineense (Almirante Bubo Na Tchuto) pelos Serviços do Departamento Anti-Narcótico Norte-Americano (DEA), disse que era uma “clara mensagem” de que o crime não compensa;

Ressalvou, em seguida, a presunção da inocência do detido até que seja culpado por um Tribunal competente. E qual o Tribunal competente? Nova Iorque?

E todos os pressupostos da detenção (as circunstâncias do tempo, modo e lugar) indiciam claramente uma detenção ilegal, levada a efeito por autoridade incompetente, em face do direito internacional, de forma calculadamente simulada e pré-meditada, com participação de cúmplices previamente instruídos para a obtenção do efeito incriminatório pretendido.

Não obstante, lança a seguinte ameaça genérica e alarmista perante a qual qualquer residente no território se sentirá virtualmente visado, o que indicia uma prática sinistra, bárbara e inaceitável, em qualquer País do Mundo, porque diz, sem identificar ninguém:

“Quem esteja envolvido directa ou indirectamente em qualquer natureza de criminalidade é tempo de repensar e escolher nova forma de Vida”  

Perante tal proclamação “urbi et orbe”, cabe perguntar: Será que o sr. Representante Especial conhece os limites da sua competência? É ele o novo Governador-geral, da estirpe Colonial? Ou é simplesmente incompetente e arrivista?

Quanto à suspeição que diz recai sobre o Presidente Manuel Serifo Nhamadjo e ao Primeiro-Ministro Rui Barros, no tráfico da droga, lembrou que as eventuais afirmações dos detidos não comprovam que teriam falado com as entidades referidas. E acrescentou:

“Os interessados na rede deste negócio (droga) podem estar a aparentar maiores conexões às autoridades, evocando o nome do Presidente, manifestando-se “preocupado e triste com a deterioração da situação nesse País africano”. 

“Os Estados Unidos vão capturar mais pessoas na Guiné-Bissau por causa da droga”

II

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Em Moçambique

No dia 18.06.2013, a Agência Lusa divulgou as seguintes afirmações do Representante Especial das Nações Unidas, na Guiné-Bissau, Dr. Ramos Horta, em Maputo, no final de uma audiência com o chefe de Estado Moçambicano, Armando Guebuza, com quem teria debatido a crise Guineense.

Questionado sobre a situação, na Guiné-Bissau, diz o seguinte:

“O País está a “um passo de se tornar um “Estado falhado”, caso a instabilidade não tenha uma solução nos próximos tempos”, descrevendo a situação do País como de “extrema precariedade;

“Se o Estado existe para dar segurança, tranquilidade, saúde, educação, justiça âs populações, então aí vemos que há extrema precariedade, na Guiné-Bissau, daí para um Estado falhado é um passo”;

“A situação da Guiné-Bissau continua extremamente delicada pela ausência de um roteiro político por parte da Assembleia Nacional, do Presidente Interino, Governo e todos os intervenientes, que indiquem luz ao fim do túnel, visando a formação de um Governo mais incluso, com a participação do PAIGC”;

“Não há nada em vista que nos garanta que esta situação vai ser resolvida nos próximos tempos”, até porque “por exemplo, não há data para a realização de recenseamento eleitoral, eleições presidenciais e legislativas, até ao fim do ano como foi prometido pelos Guineenses aos Chefes de Estado da CEDEAO”;

Apesar de afirmar que “há razões para optimismo, porque a Guiné-Bissau não é uma Somália, não é Congo, é de muito menor dimensão…”, afirma que “há apenas um impasse político” e que “o Estado existe nominalmente e, por outro lado, há um Povo magnífico, que, apesar de multiétnico, multilinguístico, multirreligioso, nunca houve guerras por causa destas diferenças“;

“O Povo da Guiné-Bissau tem dado grande exemplo de civismo e é triste porque quase vive alheio e desconectado com a elite política e militar” e, por isso, conclui, tendenciosamente, que “as Forças Armadas têm que ser totalmente reorganizadas”.

Depois de dizer que o Secretário-Geral da ONU (Ban Ki Moon) está ”totalmente sensível ao problema e muito bem informado” sobre a crise Guineense, manifestou a sua obsessão permanente pelos Capacetes Azuis, ao dizer:

“O que é necessário agora é sensibilizar o Conselho de Segurança a fazer muito mais para evitar o pior na Guiné-Bissau”

Salta à vista que o sr. Dr. Ramos Horta, um homem galardoado com o Prémio Nobel da Paz, estranhamente, não sabe viver em Paz, não sabe governar em Paz, senão rodeado de um Batalhão de Capacetes Azuis, que, à toda a força, quer ver a pôr o pé, na Guiné-Bissau, apesar do País viver em Paz e sossego!

Assim que desapareceram de Timor-Leste os Capacetes Azuis, os Timorenses reganharam a Liberdade de pensamento e negaram-lhe, de forma manifestamente expressiva, o 2º Mandato como Presidente da República.

Essa obsessão pelos Capacetes Azuis continua a acompanhá-lo, nesta sua atribulada carreira, na Guiné-Bissau, como um fetiche que jamais o largará.

III

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Em Lisboa (RDP África)

Numa entrevista à RDP África, no dia 19.06.2013, em Lisboa, o sr. Representante Especial das Nações Unidas, na Guiné-Bissau, Dr. Ramos Horta, proferiu, entre outras, as seguintes afirmações, reportadas pela Comunicação Social:

“Na questão social, referiu a profunda pobreza e uma penúria total onde há uma necessidade de um apoio urgente sob pena de fome assolar o país. E lamentou triste estado da educação e saúde muito atingidos pelo isolamento de país.”

“Sobre a acusação da questão da droga, Ramos-Horta disse que o Antonio Indjai está disponível para uma operação de investigação internacional da questão droga na Guiné. Uma vontade manifestada e reforçada de que é a melhor maneira de se poder dissipar as dúvidas, para deixar de acusar a quem não se deve e de humilhar a quem não se deve.

E acrescenta o jornalista:

“Nesta entrevista, Ramos-Horta falou das suas constatações factuais da realidade do país em todas as vertentes da vida nacional, onde traçou os percursos que teve até de fazer visitas privadas aos políticos e as chefias militares, sublinhando a sua visita efetuada as Aldeias do Dr. Kumba Yalá e do António Indjai para depois resumir que é um engano quando se fala em ser ricos os políticos e as chefias militares do país.”

Por ser verdadeiramente deprimente e inqualificável, abstemo-nos de formular qualquer juízo sobre a penosa indignidade dos actos confessados, que ofendem não apenas os visados, mas todo o Povo Guineense, com o qual estamos inteiramente solidários.

(até próxima edição)

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