sábado, 3 de outubro de 2015

Guiné-Bissau: Não se julgue superior ao seu semelhante e nem subestime o valor do seu semelhante!

Quem parte de pressupostos errados chega, inevitavelmente, às conclusões erradas. E quem não tem a paciência e sangue frio para analisar e estudar os fenómenos, corre os riscos de cometer o mesmo erro várias vezes. Por isso, seja atento e calmo na abordagem dos assuntos ou temas, sejam eles de que natureza for! Não andes demasiadamente depressa porque a pressa é inimiga da perfeição.
Engana-se muito quem pensa que, para um bom observador, basta meio sinal. Cuidado ( ...) as aparências iludem! Muitos foram os que cometeram erros (grosseiros), de cálculos e quando chegou o arrependimento já era tarde de mais. Não queira ser igual a um deles, por isso, estude bem as suas lições da natação nas suas horas livres e antecedentes, para não ter que fazê-lo quando estiver afogar-se. - Dr. Daba Naualna
 Por, General Dr. Daba Naualna

Era uma vez um casal (homem e mulher, como é natural, filhos de fazendeiros nascidos na fazenda e lá viveram para o resto das suas vidas) decidiu levar a sua vida longe da civilização urbana. Raras vezes saiam da quinta para uma pequena cidade que ficava a 20 quilómetros de distância. Uma dessas poucas vezes foi quando, por determinação do conservador do registo civil, que recusou-se a ir casa-lo na sua quinta, o obrigou a percorrer para esse efeito, a distância acima indicada.

Como é natural, deste casamento nasceu um filho que o casal estimara e amara acima de todas as coisas, a tal ponto que, por deliberação unânime, decidiu enclausura-lo dentro da mansão, morada da família, como forma de o manter longe das influências dos seus colegas das tabancas circunvizinhas e, ao mesmo tempo, protegê-lo contra os ataques da bicharada que pela quinta era abundante.

A única forma desse menino se comunicar com o mundo exterior era através da janela do seu quarto que se lhe abria, de vez em quando, para receber o ar e raios solares, tão indispensáveis para a sua saúde. Para a maior desgraça desse menino enclausurado, em frente da janela do seu quarto havia um enorme charco que se perdia no horizonte. Tal charco era a única coisa que ele sabia existir no mundo exterior, para além da mansão onde se encontra detido.

Farto de ver o mesmo cenário todos os dias e convencido que lá fora era todo um grande charco, decidiu que jamais queria ver o mundo através da única via que lhe era disponível: a janela do seu quarto, porque para ele o mundo todo era o que lhe parecia ser.

Tristemente, a criança em causa não sabia que, para além do charco em frente da sua janela, o mundo lá fora tem muitas maravilhas que valham a pena conhecer.

Tal como esta criança, assim funcionam algumas mentes minadas de preconceitos que, enclausuradas nos seus valores culturais, ignoram, por força da sua blindada ignorância, a cultura de outrem e facilmente rotulam-na com a etiqueta de algo inferior.


Por isso te peço, não condenes sem conhecer! Não se julgue superior ao seu semelhante e nem subestime o valor do seu semelhante!

Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.

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