sábado, 4 de junho de 2016

O Fundo Monetário Internacional insta o governo a recuar na sua decisão de compra de empréstimos mal parados feito por governo de Domingos Simões Pereira

O Fundo Monetário Internacional vai reter os seus pagamentos futuros com a Guiné-Bissau, a menos que o governo recue na sua decisão de compra de empréstimos mal parados por governo de Domingos Simões Pereira

O Fundo Monetário Internacional vai reter os seus pagamentos futuros com a Guiné-Bissau, a menos que o governo recue na sua decisão de compra de empréstimos mal parados, anunciou o representante do FMI, Oscar Melhado.

Os doadores também suspenderam o apoio orçamental igual a 2,1 por cento do PIB para este ano, segundo Oscar Melhado, numa declaração à agência de notícias, Reuters. As contribuições totais dos doadores, incluindo o apoio directo ao orçamento e ao financiamento dos sectores e projectos específicos, normalmente compõem cerca de 80 por cento do orçamento guineense.

Como uma das condições para a retoma de qualquer pagamento por parte do FMI, a instituição exige às autoridades guineenses a apresentação de um novo orçamento para 2016, levando em conta o apoio orçamental perdido.

“O FMI não vai desembolsar quaisquer parcelas de créditos pendentes, tal como previsto anteriormente”, disse Melhado.

Em Julho de 2015, O FMI aprovou um empréstimo de 24 milhões de dólares à Guiné-Bissau para ajudar o Estado guineense a sair da crise, mas durante o mesmo ano o governo de Domingos Simões Pereira rejeitou o conselho do FMI e procedeu ao pagamento de 34 bilhões de francos CFA (57,81 milhões de dólares), 5,5 por cento do PIB, para liquidar “maus” empréstimos, através do Banco da África Ocidental e do Banco da União.

O ex-primeiro-ministro, Simões Pereira, que supervisionou o acordo disse à Reuters que a tal medida era necessária para evitar falência do sector privado. Mas, de acordo com o FMI, as acções governamentais que decorreram durantes os mandatos de Domingos Simões Pereira e Carlos Correia, “apenas beneficiaram os mais ricos e outros ricos investidores estrangeiros, em detrimento da melhoraria das infra-estruturas e a redução da pobreza”.


Durante o mês de Abril, o Governo da Guiné-Bissau emitiu títulos do tesouro no valor de 12 mil milhões de francos CFA (20 milhões de dólares) para suprir alegadamente um défice na tesouraria pública guineense. Entretanto, um mês mais tarde, o Ministério Público da Guiné-Bissau anunciou que estava a averiguar o levantamento daquilo que considera de exorbitantes somas em dinheiro, tendo ordenado o congelamento de várias contas do Estado.

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