segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Quem foi General Bidom Na Montche?

General Bidom Na Montche, nasceu no dia 15 de Agosto de 1946, em Djufa, sector de Tite, Região de Quinará.

General Bidom Na Montche foi Filho de Kubul Na Montche e N’simbleba Na N’peck. Ele foi Casado segundo uso e costume, pai de nove filhos.

No dia 20 de Dezembro de 1962, Bidom Na Montche aderiu nas fileiras do partido africano para a Independência da Guiné e Cabo-Verde – PAIGC na frente Sul do país. Após a sua aderência, ficou na base de Caiar seis meses, depois foi transferido para a base de Cubucaré como soldado atirador de “Patchanca” na frente Sul até no ano 1963.

Em Dezembro de 1963, foi transferido para a base de Tombali com as mesmas funções.

Em Julho de 1964, Bidom Na Montche foi para Boque a fim de participar na formação do Exército Regular da Guiné e Cabo-Verde. Depois de formação de Exército foi transferido para frente Sul, integrando no corpo de Exército Sob o comando de Umaru Djalò. Foi transferido de novo como soldado atirador de AKM na área de Botche Sansa.

Em Agosto de 1964, foi transferido para como Komo como chefe de secção.

Em 01 de Janeiro de 1965, na abertura de Frente Leste, foi transferido para Madina de Boê com a função de soldado atirador AKM.

Em Novembro de 1965, foi nomeado Chefe de secção, no destacamento comandado pelo camarada Paulo Correia;

Em 07 de maio de 1968, Bidom Na Montche foi transferido para o Comando de Watna Na N’tungue e Jorge Ialà em Tchetche, desempenhando a função de Chefe de secção;

Em Junho de 1969, foi transferido para Bi-Grupo de Camarada Barro Seidi, na área de Pitche, Frente Leste com função de Chefe de secção;

Em Maio de 1970, com a ordem de Camarada Osvaldo Vieira, Bidom Na Montche foi nomeado como Chefe de 25 homens no mesmo Bi-grupo;

Em Junho de 1971, Bidom Na Montche foi contemplado para um estágio de seis (6) meses na ex-URSS no domínio de infantaria. Depois de ter regressado do estágio, no mês de Dezembro do mesmo ano, foi transferido para a Frente Norte concretamente na Erman-Kono com a função de Chefe de secção;

Em Junho de 1972, Bidom Na Montche foi transferido para o Comando do comandante Andrè Pedro Gomes em Enchalé, onde Chefiou um grupo de 25 homens;

Em Maio de 1973, Bidom Na Montche foi transferido para o Comando de Benjamim M’panta, em Tchoquemon;

Em Outubro de 1973, Bidom Na Montche foi transferido para a base de Biambi, Frente Norte sob o Comando de Camarada Mama Saliu;

Em Novembro de 1973, Bidom Na Montche foi transferido para o Comando de Camarada Joaquim N’top e Odick Diringue em Maquê, como Comissário Politico de Bi-Grupo;

Em Maio de 1974, Bidom Na Montche foi transferido para o corpo de Exército comandado pelo Camarada Quecuto Manè em Cumba Ghôr, Frente Norte, como Comissário Politico de Bi-Grupo.

No mesmo ano, no mês de Junho, o Bidom Na Montche foi transferido de novo para Faquina, a fim de participar na abertura de Estrada que liga Faquina com Candjambari, sob o Comando de camarada António Borges, coma a função de Comissário político de Frente Norte;

Após a Independência total da Guiné-Bissau e Cabo-Verde, Bidom Na Montche foi colocado no Quartel de Cuntima como Comissário Politico da Companhia;

Em Novembro de 1974, Bidom Na Montche foi transferido para Quartel de Farim com a mesma função, e, em Dezembro do mesmo ano, foi transferido para Quartel de Canchungo, como Comissário Politico;

Em Janeiro de 1975, Bidom Na Montche foi transferido para Quartel de Calequisse, como Comandante da Companhia;

Em Abril de 1975, na formação de Batalhão, Bidom Na Montche foi chamado em Canchungo como Comandante de Pelotão de infantaria;

Em 07 de Janeiro de 1977, beneficiou de um estágio no centro de Instrução de Cumeré, no domínio de Infantaria que durou um ano. Após o término do estágio, voltou para Canchungo mantendo nos exercìcios com a mesma função de Comandante de Pelotão de infantaria.

Em Abril 1982, Bidom Na Montche foi transferido para o Estado- Maio-General das Forças Armadas, como Comandante de Companhia de Reconhecimento;

Em 1990, com a ordem do Estado Maior General das Forças Armadas, Bidom Na Montche passou para reserva no Estado-maior do Exército;

Em 1992, no processo de promoções das FARP, foi promovido a posto de Capitão;

No dia 12 de Junho de 1998, aderiu no Levantamento Político Militar de 07 de Junho posteriormente denominado “Junta Militar” em Bissau, (Base Aérea de Bissalanca), e aí, foi colocado no Flanco Direito no (Enterramento), como Comandante até ao final da Revolução;

Em 1999, foi nomeado Inspector-geral da Zona Militar Leste, onde ficou durante três (3) anos, e sucessivamente foi transferido para Zona Militar Norte, com a mesma função;

Em 2007, foi transferido para o Regimento dos Comandos com a mesma função;

No dia 12 de Novembro de 2008, foi nomeado Adjunto Comandante de Regimento dos Comandos até a data da morte do EX-CEMGFA, General Tagme Na Waié;
Com nomeação de novo CEMGFA foi transferido para o EMGFA, como Conselheiro do Chefe de CEMGFA;

Na Luta de Libertação Nacional, juntou com individualidades inesquecíveis em diferentes frentes para uma conquista comum. Eis os poucos a enumerar: Camarada Pansau Na Isna , Camarada Umaru Djalò, Camarada Guad Na N’dami, Camarada Jorge Ialà.
 E, ainda no decorrer da luta de libertação nacional, foi várias vezes ferido pelas balas dos colonialistas portugueses. Primeiro no pé esquerdo na frente Leste (Madina de Boé); 2° no dia 10 de Novembro de 1966, foi atingido no pé esquerdo pelo estilhaço do bombardeamento de avião; 3° foi atingido pelo estilhaço de granadas dos inimigos coloniais.

3 comentários :

  1. Nosso muito obrigado por nos dar a conhecer este grande senhor, somos eternamente gratos pelo que fez, como muitos que nem sequer ouvimos falar deles.

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  2. Adelina Pereira de Barros4 de outubro de 2016 às 08:39

    Muito obrigada pela tua contribuição, nem sabia quem era esse grande combatente.

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  3. Minhas mais sentidas e sinceras condolências à família enlutada. Minha homenagem ao Comandante, um dos obreiros, com muito sacrifício, suor e sangue próprio, das condições e premissas básicas para a continuação no caminho da construção ainda, da nossa plena e verdadeira independência. A minha homenagem a ti Comandante é a continuação por este labor e neste caminho. Glória eterna, a Paz e socessego a tua alma.
    A. Keita

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COMENTÁRIOS
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